segunda-feira, 6 de abril de 2009

É grave que se saiba

Hoje ouvi Mário Soares falar do caso Freeport. Soares pareceu muito preocupado com as fugas de informação. É de facto grave que determinadas coisas se saibam. Por exemplo, que se saiba que o caso esteve parado 4 anos. Ou que se saiba que o ministério dirigido pelo actural Primeiro-Ministro aprovou o Freeport nos últimos dias de um governo de gestão. Ou que se saiba que existem indícios de que houve corrupção na aprovação do Freeport. Ou que se saiba que o representante de português no Eurojust é suspeito de pressionar os responsáveis pela investigação. É muito desagradável que tudo isto se saiba. Em suma: grave não é a corrupção. Grave é que os indícios de que ela existe sejam divulgados.
João Miranda in Revista Sábado

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