O Verão dá para tudo e até para que prestemos atenção à mandatária de José Sócrates para a Juventude, que, numa entrevista, admitiu que odeia "os caroços nas frutas", um direito inalienável de qualquer cidadão. Veja-se o extrato: "Só como cerejas quando a minha empregada tira os caroços por mim. E uvas sem grainhas. É uma trabalheira."
Ainda que não tiremos demasiadas ilações políticas a propósito das cerejas sem caroço, sobra essa inquietação: o que teria levado o PS e Sócrates a escolher esta mandatária para a juventude? Duas coisas: a necessidade de transportar para o partido uma imagem acolhedora, sorridente, bronzeada e estival; e, penso eu, a luminosa ideia de oferecer a cereja da política já sem caroço, atraente e cosmopolita. Eis como tudo se explica. Simplex.
Francisco José Viegas, Escritor in Correio da Manhã
Há 8 horas
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