A direita portuguesa, tão iletrada como arrogante, vive no seu nimbo, regozija-se e trava combates barrocos pela sua Torre de Marfim; ficou refém dessa tão incensada coerência que deixou de poder actuar, não vão os pés trair as sacrossantas escrituras que ninguém leu. Vai atrás de qualquer Manuelinho, recusa o mais insignificante gesto de reflexão. É inútil, não dá em nada.
Quanto à esquerda, tão envolvida no saque de sinecuras, já nem quer pensar; vive aboletada no amiguismo parece-bem, é comunizante sem ser comunista, marxizante sem citar Marx e revolucionária só e quando a alcatifa, o whisky ou a alta cilindrada não sejam questionados. Essa esquerda é sinónimo de "maldita geração de 70" ou zeca-afonsismo refastelado no melhor Divani & Divani. Acabará, com um novo regime, na lista de espera do lugar que sobrar no devorismo e na adesivagem, materiais com que se fazem todos os regimes em Portugal.
Excerto de um post no Blog "Combustões", com que me identifico plenamente...(O "negrito" é meu e esta é a "esquerda caviar" !!!)
Há 8 horas
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