O país dos super-heróis
José Sócrates não quer ‘candidaturas duplas’. Quem está no Parlamento não está nas câmaras. E vice-versa. Alegre, sempre lírico, foi ainda mais longe: Elisa Ferreira ou Ana Gomes que escolham. Ou Bruxelas, ou Portugal.
Percebe-se: depois das europeias, o PS deseja remover todas as nódoas da sua ‘imagem’. As ‘candidaturas duplas’ são apenas a última moda, depois do TGV, do negócio PT/Prisa e dos corninhos de Pinho. Isto não mostra qualquer respeito pelos ‘princípios’. Mostra apenas uma mistura básica de medo e oportunismo, que horroriza mais do que tranquiliza. Porque a verdade é que as ‘candidaturas duplas’ não floresceram por acaso; elas precisaram de uma cultura cívica de irresponsabilidade, onde é possível estar em todo o lado e em lado nenhum. Dos turbo-professores aos deputados-Batman, Portugal sempre foi um país de super-heróis.
João Pereira Coutinho, Colunista - C. Manhã
Há 31 minutos
Sem comentários:
Enviar um comentário