Irritou-me ouvir o governador do Banco de Portugal admitir ter sido ingénuo perante as “habilidades” do banqueiro Oliveira e Costa. Não pela ingenuidade em si mesma, mas pelo que ela revela. É que tanto um como outro são membros dessa casta que tomou o poder económico e político nas mãos e que faz deste país uma cosa nostra, onde só eles e os seus filhos se dão bem.Gestores, empresários, banqueiros, engenheiros, advogados e outros que tais, formam um círculo fechado onde coexistem diferentes grupos políticos que se encaixam uns nos outros, num sistema de geometria variável consoante o sucesso relativo que vão tendo a convencer o eleitorado a votar neles.Olhando para a maioria dos partidos políticos, percebemos que as elites dirigentes não são mais do que grupos familiares ou de amigos. Amigos de longa data, muitos desde os bancos da escola primária ou secundária, ou filhos de famílias que comungam interesses financeiros ou outros. Não é por acaso que as filhas de uns casam com os filhos de outros, gerando futuros políticos de confiança genética a toda a prova.Não foi ingenuidade, senhor Vítor Constâncio. Foi compadrio.
Publicada por CN in blog "Escrita em dia"
Nada destas coisas acontece por acaso. Não tarda nada seremos governados por "democracias" tipo Coreia do norte, Síria, Cuba e por aí fora... pois se a política está nas mãos de mafias!!!
Há 5 horas
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