terça-feira, 31 de março de 2009

Frase

"É mais fácil roubar criando um banco do que assaltando um".
Bertold Brecht

Geração J

A geração que nos governa é a dos enteados do salazarismo, afilhados do marcelismo, crianças do PREC, cheios de expedientes e carregados de gel e de sucesso pessoal. Enterrou a geração dos resistentes à ditadura e prepara-se para acolher a geração J.
Esta geração J nasceu em democracia, foi fabricada nas juventudes dos partidos, fez a sua formação cívica na "Juve Leo", nos "No Name Boys" e nos "Super Dragões", não aprendeu grande coisa nos colégios nem nas universidades privadas e está a tirar o tirocínio em gabinetes de ministros e secretários de estado.
A geração J não fugiu aos impostos nem pagou sisa porque nunca trabalhou e vive em casa dos seus pais. Não fez a tropa, não casou e vai governar o País em breve, depois de ir à República Dominicana no fim de curso e ter a noção do mundo que a administração Bush facilita.
A geração J ganhou experiência de vida na catequese, ou nas discotecas, é impulsiva e irreflectida, capaz de erros graves, antes de acertar. Falta já pouco para a conhecermos melhor e a vermos em todo o seu esplendor. Ficaremos então cientes do seu valor.
Queira Deus abençoar Portugal.
Joaquim Letria

E eu acrescento, não é só a geração que nos governa. É, também, a que está em altos cargos de gestão e direcção em empresas públicas e privadas.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Te perdi... te encontrei

Te procurei, não achei;
Te achei e te perdi;
Te perdi, mas encontrei
Agora fique...
Não quero mais te perder,
Te perdendo, perderei tudo.
Rozeli Mesquita

Estamos bem entregues

O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, com sede em Genebra, tem esta brilhante composição: inclui países como a China e a Arábia Saudita, dois dos campeões mundiais do combate à aplicação da pena de morte e da defesa intransigente dos mais elementares direitos cívicos e políticos. E ainda o Paquistão. E o Egipto. E até Cuba. Um quadro idílico, que nos deixa a todos mais tranquilos. Por mim, só tenho uma pequena reclamação a fazer: faltam lá pelo menos quatro países para a defesa dos direitos humanos à escala mundial ser ainda mais completa. Refiro-me ao Sudão do suave benemérito Omar al-Rashid. Ao Irão do doce pacifista Ahmadinejad. Ao Zimbabué do delicado humanista Mugabe. E, naturalmente, à Coreia do 'Querido Líder' Kim, esse extremoso democrata.
Feita esta ressalva, só posso concluir: estamos bem entregues.
Pedro Correia in "Blog Delito de Opinião"

COMPUTADOR MAGALHÃES NÃO AGRADA A ESTUDANTES CABO-VERDIANOS


Definitivamente, o Magalhães está condenado ao fracasso, apesar do envolvimento pessoal de Sócrates na sua campanha comercial e agora também de José Maria Neves e do seu governo. Em Portugal foi um fracasso. A maior empresa nacional na venda de equipamentos informáticos acaba de anunciar que vai deixar de importar o Magalhães porque os estudantes cabo-verdianos não o querem. Preferem gastar mais e ter um portátil a sério
Praia, 26 Março - “O computador Magalhães não tem sido um sucesso de venda no seio dos estudantes” em Cabo Verde, fez saber uma das maiores empresas do País que vende equipamentos informáticos, a SOPROINF, através de um comunicado divulgado. Por esta razão, diz aquela empresa, “vão parar definitivamente de o importar”.
Para o director Comercial daquela empresa, Hugo Fonseca, “está provado que os alunos querem computadores de Ecran 14 ou 15, e não 8.9”. Por isso, “o famoso Magalhães de que tanto se fala” não tem sido o preferido dos estudantes cabo-verdianos. Os estudantes preferem gastar um pouco mais e ter um portátil melhor.
Esta declaração da SPROINF é feita na sequência de um balanço de três meses de campanha ´Cada Aluno, um Portátil´. Segundo a empresa, essa campanha, que tem decorrido em todas as ilhas do país, está a ser um sucesso, pois tem uma “aceitação massiva dos alunos e professores”. E tudo indica que a meta determinada pela empresa de atingir um em cada 10 alunos, será conseguida até finais deste ano.
Segundo Hugo Fonseca “o número de portáteis vendidos até agora está dentro do que se estabeleceu como meta”. O Próximo passo, segundo o comunicado será “fornecer os portáteis já com ligação a Internet sem fio.
in "Liberal-Cabo Verde"

quarta-feira, 25 de março de 2009

Os novos pobres


A crise quando chega toca a todos, e eu já não sei se hei-de ter pena dos milhares de homens e mulheres que, por esse país, fora, todos os dias ficam sem emprego se dos infelizes gestores do BCP que, por iniciativa de alguns accionistas, poderão vir a ter o seu ganha-pão drasticamente reduzido em 50%, ou mesmo a ver extintos os por assim dizer postos de trabalho. A triste notícia vem no DN: o presidente do Conselho Geral e de Supervisão daquele banco arrisca-se a deixar de cobrar 90 000 euros por cada reunião a que se digna estar presente e passar a receber só 45 000; por sua vez, o vice-presidente, que ganha 290 000 anuais, poderá ter que contentar-se com 145 000; e os nove vogais verão o seu salário de miséria (150 000 euros, fora as alcavalas) reduzido a 25% do do presidente. Ou seja, o BCP prepara-se para gerar 11 novos pobres, atirando ainda para o desemprego com um número indeterminado de membros do seu distinto Conselho Superior. Aconselha a prudência que o Banco Alimentar contra a Fome comece a reforçar os "stocks" de caviar e Veuve Clicquot, pois esta gente está habituada a comer bem.
JN 2009-03-10

domingo, 22 de março de 2009

UM LUGAR ESTRANHO

Um árbitro de um jogo de bola em que se disputava uma taça confessou publicamente, numa televisão, que se enganou quando marcou uma "grande penalidade". Se bem entendi, esse erro determinou que a referida taça ficasse na posse da equipa que beneficiou daquela marcação. Em direito, chama-se a isto um vício na formação do acto. Repetem o jogo ou partem a taça ao meio? O futebol é um lugar estranho.
Publicada por João Gonçalves em 22.3.09 (Blog"Portugal do Pequeninos)

sábado, 21 de março de 2009

sexta-feira, 20 de março de 2009

Cuba Libre (?)

«É algo que marca a minha geração: ter visto, como testemunha, o processo de frustração e de desilusão dos nosso pais.
É como uma vacina contra a utopia»
Yoani Sanchez (Blog Geration Y) Entrevista em "Selecções do Reader's Digest"

Eça de Queirós

«Este Governo não cairá, porque não é um edifício
Sairá com benzina, porque é uma nódoa»
Eça de Queirós "O Conde de Abranhos"

Miséria Franciscana

Padre Melícias com pensão de 7450 euros
O padre Vítor Melícias, ex-alto comissário para Timor-Leste e ex-presidente do Montepio Geral, declarou ao Tribunal Constitucional, como membro do Conselho Económico e Social (CES), um rendimento anual de pensões de 104 301 euros. Em 14 meses, o sacerdote, que prestou um voto de obediência à Ordem dos Franciscanos, tem uma pensão mensal de 7450 euros. O valor desta aposentação resulta, segundo disse ao CM Vítor Melícias, da "remuneração acima da média" auferida em vários cargos.
Vítor Melícias entregou a declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional em 2 de Fevereiro de 2009, mais de um ano após a instituição presidida por Rui Moura Ramos ter clarificado a interpretação da lei que controla a riqueza dos titulares de cargos políticos. A 15 de Janeiro de 2008, o Tribunal Constitucional deixou claro que, ao abrigo da lei 25/95, 'de entre os membros que compõem o CES, se encontram vinculados ao referido dever [de entrega da declaração de rendimentos] aqueles que integrem o Conselho Coordenador e a Comissão Permanente de Concertação Social, bem como o secretário-geral'.
Com 71 anos, Vítor Melícias declarou, em 2007, ao Tribunal Constitucional um rendimento total de 111 491 euros, dos quais 104 301 euros de pensões e 7190 euros de trabalho dependente. 'Eu tenho uma pensão aceitável mas não sou rico', diz o sacerdote.
Melícias frisa que exerceu funções com 'remuneração acima da média, que corresponde a uma responsabilidade acima de director-geral', no Montepio Geral, na Misericórdia de Lisboa, no Serviço Nacional de Bombeiros e noutros organismos.
Correio da Manhã (19/03/2009)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Já não há vergonha?

Armando Vara duplicou o rendimento
Armando Vara duplicou o rendimento ao passar de vogal do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para vice-presidente do Millennium/BCP, diz o «Correio da Manhã». De acordo com o Relatório do Bom Governo da CGD referente a 2007, Armando Vara recebeu uma remuneração-base de 244.441 euros/ano. Um montante que fica muito aquém daquele que foi pago pelo BCP em 2008: mais de 480 mil euros. Trata-se, no entanto, de um valor que é mais de cinco vezes inferior àquele que ganhava a administração liderada por Paulo Teixeira Pinto. O que é certo é que a actual administração do Millennium deciciu devolver 1/3 dos seus salários ao banco. Entretanto, o Conselho de Remunerações e Previdência, presidido por Joe Berardo, decidiu fixar como cálculo para a reforma dos administradores o ordenado-base referente a 2009. Esta decisão contraria o regime que se encontrava em vigor e que calculava a reforma dos administradores do Millennium/BCP com base nos dois últimos anos de salário e que resultava num valor 50 vezes superior ao actualmante definido. Recorde-se que Vara assumiu funções no BCP a 16 de Janeiro de 2008.
In "Agencia Financeira 18/03/2009"

domingo, 15 de março de 2009

Distância - Um poema

Não vás para tão longe!
Vem sentar-te
Aqui na chaise-longue, ao pé de mim...
Tenho o desejo doido de contar-te
Estas saudades que não tinham fim.

Não vás para tão longe;
Quero ver
Se ainda sabes olhar-me como d'antes,
E se nas tuas mãos acariciantes,
Inda existe o perfume de que eu gosto.

Não vás para tão longe!
Tenho medo
Do silêncio pesado d'esta sala...
Como soluça o vento no arvoredo!
E a tua voz, amor, como se cala!

Não vás para tão longe!
Antigamente,
Era sempre demais o curto espaço
Que havia entre nós dois...
Agora, um embaraço,
Hesitas e depois,
Com um gesto de tédio e de cansaço,
Achas inconveniente
O meu abraço.

Não vás para tão longe!
Fica.
Inda é tão cedo!
O vento continua a fustigar
Os ramos sofredores do arvoredo,
E eu ponho-me a pensar
E tenho medo!
Fernanda de Castro

É preciso que se saiba


"Se os portugueses comuns (os que têm trabalho) ganham pouco mais de metade (55%) do que se ganha na zona euro, os nossos gestores recebem, em média
mais 32% do que os americanos;
mais 22,5% do que os franceses;
mais 55 % do que os finlandeses;
mais 56,5% do que os suecos"
Manuel António Pina, (Jornal de Notícias, 24/10/08)

E há quem tenha o despudor de pedir mais sacrificios a quem trabalha e produz riqueza neste país... a começar pelo Sr Victor Constâncio!!

É fartar Vilanagem

Ministério da Educação fez a encomenda e tem o resultado esquecido numa sala fechada.
Trabalho de João Pedroso é quase só fotocópias de diplomas legais

Meia centena de pastas cheias de fotocópias do Diário da República e de índices dos diplomas fotocopiados é praticamente tudo a que se resume o trabalho pelo qual o Ministério da Educação (ME) pagou cerca de 290 mil euros ao advogado João Pedroso (mais cerca de 20 mil a dois colegas).Os caixotes de papelão que guardam as pastas encontram-se no chão de uma sala poeirenta, vazia e fechada à chave, do 5.º andar do ministério, encostados a uma parede, sem qualquer uso ou préstimo.O objectivo dos dois contratos feitos com Pedroso — o ME considerou que o segundo foi cumprido em apenas 50 por cento, razão pela qual lhe pediu, em Novembro, a devolução de 133.100euros — consistia na “construção de um corpo unificado de regras jurídicas e de normativos harmonizados e sistematizados de Direito da Educação” até ao final de 2007.De acordo com um comunicado divulgado pelo ME em Novembro desse ano, quando a contratação de Pedroso foi tornada pública, o valor em causa foi calculado em função da “exigência técnica dos trabalhos, complexidade das tarefas, qualidade estipulada e recursos humanos e materiais a alocar às diferentes actividades”.A escolha daquele jurista, irmão de Paulo Pedroso e dirigente do PS, foi decidida pela ministra da Educação e justificada pelas “condições específicas e únicas” que reunia, e por ser um “especialista na área da Educação”. O Ministério Público está a investigar os contornos desta contratação, assim como a forma como os contratos foram ou não cumpridos.
Ver texto completo
In PÚBLICO - José António Cerejo

Solidão

É-nos possível viver sozinhos, desde que seja à espera de alguém.
Gilbert Cesbron

sexta-feira, 13 de março de 2009

Amar depois dos cinquenta

Em nossa idade, depois do meio século, o amor já percorreu estradas, dobrou esquinas e optou em encruzilhadas…
Já errou, já acertou, já deslizou, já se arrependeu e, inevitavelmente,o tempo se foi.
Viveu-se o amor, perdeu-se o amor, alguns pelas mãos de Deus,
outros pelo enfraquecimento do viver a dois.
Hoje o nosso olhar em direção ao amor continua mais lindo, pois na longa caminhada dos sentimentos, aprendemos a somar, a dividir e a multiplicar, sem chances de diminuir no conhecimento do sentimento do amor .
O amor maduro chega de mansinho e se aloja em nossa vida, sem tempo para acabar.
O caminhar a dois é mais sereno, a cumplicidade existe, o carinho é mais espontâneo, não nos inibimos diante do querer, a sintonia é completa e as lembranças são depositadas no álbum das saudades, que guardamos , de um tempo que não volta mais .
Namorar na nossa idade é carregar a ternura no olhar.
O brilho é mais intenso, a vontade de acertar é mais forte.
A construção do caminhar a dois é a soma do querer, é o encontro de duas almas aplaudidas por dois corações que dividem a emoção de amar.
As pequeninas atitudes, os gestos e os detalhes são os alimentos que sustentam este amor.
Viver a dois é a alegria da companhia, do chamego dengoso, dos beijos ainda calientes, dos insinuantes olhares quando o desejo se manifesta e a promessa no olhar de que em todo amanhecer, será o mais belo bom dia entre dois seres que encontraram o amor !
Amar nunca é demais.
Feliz daquele que tem um enorme coração, capaz de amar, amar, amar e acima de tudo saber ser amado…

Faça o dia, a tarde, a noite do seu bem ser memorável.

Autor(a) desconhecido

quarta-feira, 11 de março de 2009

NÃO MINISTRARÁS (OU A DOR DE COSTA)

António Costa foi ministro e apertou as finanças das autarquias. Depois foi (é) presidente de câmara e sentiu na pele os efeitos das leis que tinha criado.
António Costa, que é presidente de câmara, criticou a Administração Interna, pasta de que foi ministro, por causa da insegurança em Lisboa. Os polícias não perderam tempo a acusá-lo de ser o responsável pela suspensão da admissão de pessoal e pela insegurança que se vive nos grandes centros urbanos.
Conclusão: NÃO MINISTRARÁS, PORQUE UM DIA TE LEMBRARÃO TEUS PECADOS!
Publicada por Santiago Macias in Blog Av Salúquia 34

terça-feira, 10 de março de 2009

Reflexões

Nota: O Professor Medina Carreira, um dos mais capacitados economistas portugueses, sempre que fala, deixa o País a reflectir, estupefacto. Aqui fica a síntese de uma das últimas entrevistas que concedeu, a não perder.

"Vocês, comunicação social o que dão é esta conversa de «inflação menos 1 ponto», o «crescimento 0,1 em vez de 0,6»....Se as pessoas soubessem o que é 0,1 de crescimento, que é um café por português de 3 em 3 dias... Portanto andamos a discutir um café de 3 em 3 dias...mas é sem açúcar..."
"Eu não sou candidato a nada, e por conseguinte não quero ser popular. Eu não quero é enganar os portugueses. Nem digo mal por prazer, nem quero ser «popularucho» porque não dependo do aparelho político!"
"Ainda há dias eu estava num supermercado, numa bicha para pagar, e estava uma rapariga de umbigo de fora com umas garrafas, e em vez de multiplicar «6x3=18», contava com os dedos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9... Isto é ensino...é falta de ensino, é uma treta! É o futuro que está em causa!"
"Os números são fatais. Dos números ninguém se livra, mesmo que não goste. Uma economia que em cada 3 anos dos últimos 27, cresceu 1% em 2...esta economia não resiste num país europeu."
"Quem anda a viver da política para tratar da sua vida, não se pode esperar coisa nenhuma. A causa pública exige entrega e desinteresse."
"Se nós já estamos ultra-endividados, faz algum sentido ir gastar este dinheiro todo em coisas que não são estritamente indispensáveis? P'ra gente ir para o Porto ou para Badajoz mais depressa 20 minutos? Acha que sim? A aviação está a sofrer uma reconversão, vamos agora fazer um aeroporto, se calhar não era melhor aproveitar a Portela? Quer dizer, isto está tudo louco!"
"Eu por mim estou convencido que não se faz nada para pôr a Justiça a funcionar porque a classe política tem medo de ser apanhada na rede da Justiça. É uma desconfiança que eu tenho. E então, quanto mais complicado aquilo for..."
"Nós tivemos nos últimos 10-12 anos 4 Primeiros-Ministros: -Um desapareceu; -O outro arranjou um melhor emprego em Bruxelas, foi-se embora; -O outro foi mandado embora pelo Presidente da República; -E este coitado, anda a ver se consegue chegar ao fim e fazer alguma coisa..."
"O João Cravinho tentou resolver o problema da corrupção em Portugal. Tentou. Foi "exilado" para Londres. O Carrilho também falava um bocado, foi para Paris. O Alegre depois não sei para onde ele irá... Em Portugal quem fala contra a corrupção ou é mandado para um "exílio dourado", ou então é entupido e cercado."
"Mas você acredita nesse «considerado bem»? Então, o meu amigo encomenda aí uma ponte que é orçamentada para 100 e depois custa 400? Não há uma obra que não custe 3 ou 4 vezes mais? Não acha que isto é um saque dos dinheiros públicos? E não vejo intervenção da polícia... Há-de acreditar que há muita gente que fica com a grande parte da diferença!"
"De acordo com as circunstâncias previstas, nós por volta de 2020 somos o país mais pobre da União Europeia. É claro que vamos ter o nome de Lisboa na estratégia, e vamos ter, eventualmente, o nome de Lisboa no tratado. É, mas não passa disso. É só para entreter a gente..."
"Isto é um circo. É uma palhaçada. Nas eleições, uns não sabem o que estão a prometer, e outros são declaradamente uns mentirosos: -Prometem aquilo que sabem que não podem."
"A educação em Portugal é um crime de «lesa-juventude»: Com a fantasia do ensino dito «inclusivo», têm lá uma data de gente que não quer estudar, que não faz nada, não fará nada, nem deixa ninguém estudar. Para que é que serve estar lá gente que não quer estudar? Claro que o pessoal que não quer estudar está lá a atrapalhar a vida aqueles que querem estudar. Mas é inclusiva.... O que é inclusiva? É para formar tontos? Analfabetos?"
"Os exames são uma vergonha. Você acredita que num ano a média de Matemática é 10, e no outro ano é 14? Acha que o pessoal melhorou desta maneira? Por conseguinte a única coisa que posso dizer é que é mentira! Está-se a levar a juventude para um beco sem saída. Esta juventude vai ser completamente desgraçada! "
"A minha opinião desde há muito tempo é TGV- Não! Para um país com este tamanho é uma tontice. O aeroporto depende. Eu acho que é de pensar duas vezes esse problema. Ainda mais agora com o problema do petróleo.
"Bragança não pode ficar fora da rede de auto-estradas? Não? Quer dizer, Bragança fica dentro da rede de auto-estradas e nós ficamos encalacrados no estrangeiro? Eu nem comento essa afirmação que é para não ir mais longe... Bragança com uma boa estrada fica muito bem ligada. Quem tem interesse que se façam estas obras é o Governo Português, são os partidos do poder, são os bancos, são os construtores, são os vendedores de maquinaria... Esses é que têm interesse, não é o Português!"
"Nós em Portugal sabemos é resolver o problema dos outros: A guerra do Iraque, do Afeganistão, se o Presidente havia de ter sido o Bush, mas não sabemos resolver os nossos. As nossas grandes personalidades em Portugal falam de tudo no estrangeiro: criticam, promovem, conferenciam, discutem, mas se lhes perguntar o que é que se devia fazer em Portugal nenhum sabe. Somos um país de papagaios... Receber os prisioneiros de Guantanamo? «Isso fica bem e a alimentação não deve ser cara...» Saibamos olhar para os nossos problemas e resolvê-los e deixemos lá os outros... Isso é um sintoma de inferioridade que a gente tem, estar sempre a olhar para os outros. Olhemos para nós!"
"A crise internacional é realmente um problema grave, para 1-2 anos. Quando passar lá fora, a crise passará cá. Mas quando essa crise passar cá, nós ficamos outra vez com os nossos problemas, com a nossa crise. Portanto é importante não embebedar o pessoal com a ideia de que isto é a maldita crise. Não é!"
"Nós estamos com um endividamento diário nos últimos 3 anos correspondente a 48 milhões de euros por dia: Por hora são 2 milhões! Portanto, quando acabarmos este programa Portugal deve mais 2 milhões! Quem é que vai pagar?"
"Isso era o que deveríamos ter em grande quantidade. Era vender sapatos. Mas nós não estamos a falar de vender sapatos. Nós estamos a falar de pedir dinheiro emprestado lá fora, pô-lo a circular, o pessoal come e bebe, e depois ele sai logo a seguir..."
"Ouça, eu não ligo importância a esses documentos aprovados na Assembleia...Não me fale da Assembleia, isso é uma provocação... Poupe-me a esse espectáculo...."
"Isto da avaliação dos professores não é começar por lado nenhum. Eu já disse à Ministra uma vez «A senhora tem uma agenda errada"» Porque sem pôr disciplina na escola, não lhe interessa os professores. Quer grandes professores? Eu também, agora, para quê? Chegam lá os meninos fazem o que lhes dá na cabeça, insultam, batem, partem a carteira e não acontece coisa nenhuma. Vale a pena ter lá o grande professor? Ele não está para aturar aquilo... Portanto tem que haver uma agenda para a Educação. Eu sou contra a autonomia das escolas. Isso é descentralizar a «bandalheira»."
"Há dias circulava na Internet uma notícia sobre um atleta olímpico que andou numa "nova oportunidade" uns meses, fez o 12ºano e agora vai seguir Medicina... Quer dizer, o homem andava aí distraído, disseram «meta-se nas novas oportunidades» e agora entra em Medicina... Bem, quando ele acabar o curso já eu não devo cá andar felizmente, mas quem vai apanhar esse atleta olímpico com este tipo de preparação... Quer dizer, isto é tudo uma trafulhice..."
"É preciso que alguém diga aos portugueses o caminho que este país está a levar. Um país que empobrece, que se torna cada vez mais desigual, em que as desigualdades não têm fundamento, a maior parte delas são desigualdades ilegítimas para não dizer mais, numa sociedade onde uns empobrecem sem justificação e outros se tornam multi-milionários sem justificação, é um caldo de cultura que pode acabar muito mal. Eu receio mesmo que acabe."
"Até há cerca de um ano eu pensava que íamos ficar irremediavelmente mais pobres, mas aqui quentinhos, pacíficos, amiguinhos, a passar a mão uns pelos outros... Começo a pensar que vamos empobrecer, mas com barulho... Hoje, acrescento-lhe só o «muito». Digo-lhe que a gente vai empobrecer, provavelmente com muito barulho... Eu achava que não havia «barulho», depois achava que ia haver «barulho», e agora acho que vai haver «muito barulho». Os portugueses que interpretem o que quiserem..."
"Quando sobe a linha de desenvolvimento da União Europeia sobe a linha de Portugal. Por conseguinte quando os Governos dizem que estão a fazer coisas e que a economia está a responder, é mentira! Portanto, nós na conjuntura de médio prazo e curto prazo não fazemos coisa nenhuma. Os governos não fazem nada que seja útil ou que seja excessivamente útil. É só conversa e portanto, não acreditem... No longo prazo, também não fizemos nada para o resolver e esta é que é a angústia da economia portuguesa."
"Tudo se resume a sacar dinheiro de qualquer sítio. Esta inter-penetração do político com o económico, das empresas que vão buscar os políticos, dos políticos que vão buscar as empresas... Isto não é um problema de regras, é um problema das pessoas em si... Porque é que se vai buscar políticos para as empresas? É o sistema, é a (des)educação que a gente tem para a vida política... Um político é um político. E um empresário é um empresário. E não deve haver confusões entre uma coisa e outra. Cada um no seu sítio. Esta coisa de ser político, depois ministro, depois sai, vai para ali, tira-se de acolá, volta-se para ministro...é tudo uma sujeira que não dá saúde nenhuma à sociedade."
"Este país não vai de habilidades nem de espectáculos. Este país vai de seriedade. Enquanto tivermos ministros a verificar preços e a distribuir computadores, eles não são ministros! Eles não são pagos nem escolhidos para isso! Eles têm outras competências e têm que perceber quais os grandes problemas do país!"
"Se aparece aqui uma pessoa para falar verdade, os vossos comentadores dizem «este tipo é chato, é pessimista».... Se vem aqui outro trafulha a dizer umas aldrabices fica tudo satisfeito... Vocês têm que arranjar um programa onde as pessoas venham à vontade, sem estarem a ser pressionadas, sossegadamente dizer aquilo que pensam. E os portugueses se quiserem ouvir, ouvem. E eles vão ouvir, porque no dia em que começarem a ouvir gente séria e que não diz aldrabices, param para ouvir.
O Português está farto de ser enganado!
Todos os dias tem a sensação que é enganado!"
Prof Medina Carreira

domingo, 8 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher I

A Mulher Inspiradora

Mulher, não és só obra de Deus;
os homens vão-te criando eternamente
com a formosura dos seus corações,
e os seus anseios
vestiram de glória a tua juventude.

Por ti o poeta vai tecendo
a sua imaginária tela de oiro: o pintor dá às tuas formas,
dia após dia,
nova imortalidade.

Para te adornar, para te vestir,
para tornar-te mais preciosa,
o mar traz as suas pérolas,
a terra o seu oiro,
sua flor os jardins do Verão.

Mulher, és meio mulher,
meio sonho.

Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"
Tradução de Manuel Simões

J Lennon - Woman


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Dia Internacional da Mulher II

Uma Mulher Forte e Uma Mulher de Força

Uma mulher forte faz ginástica todos os dias para manter seu corpo em forma...

Uma mulher de força constrói relacionamentos para manter a sua alma em forma.

Uma mulher forte não tem medo de nada...

Uma mulher de força demonstra coragem, perante os seus medos.

Uma mulher forte não permite que alguém tire o melhor dela...

Uma mulher de força dá o melhor de si a todos.

Uma mulher forte comete erros e evita-os no futuro...

Uma mulher de força percebe que os erros na vida, também podem ser bênçãos inesperadas e aprende com eles

Uma mulher forte tem o olhar de segurança na face...

Uma mulher de força tem a graça

Uma mulher forte acredita que é forte suficiente para a jornada...

Uma mulher de força tem fé que é durante a jornada que ela se tornará forte!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Estoril - Tamariz









Crime e castigo

Noticia o JN que está marcado para o dia 20 de Abril, no Tribunal da Maia, o julgamento de um homem que, em 2007, terá arrombado um galinheiro e furtado duas galinhas no valor de 50 euros.
A justiça tarda, mas chega.
O criminoso andou mal e merece justa punição, quer pela mediocridade de fins quer pela ruralidade de meios. Gente como ele, que pilha galinhas em vez de fundar um banco e pilhar as contas dos depositantes, ou como aquela septuagenária que não pagou uma pasta de dentes num supermercado em vez de pedir uns milhões à Caixa, comprar o supermercado na bolsa e igualmente não o pagar, vendendo-o depois à Caixa através de um "offshore" pelo dobro do preço (ou vendendo-lho mesmo antes de o ter comprado), não tem lugar no Portugal moderno e empreendedor. Ainda por cima, deixou-se apanhar. Se calhar até confessou, em vez de invocar lapsos de memória. E aposto que nem se lembrou de se divorciar antes de ser preso, pondo os 50 euros a salvo na partilha de bens. Não queria estar na pele do seu advogado, não há Código de Processo Penal que valha num caso destes.
É condenação mais que certa.
Manuel António Pina
In Jornal de Notícias de 03.03.2009

quarta-feira, 4 de março de 2009


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Khalil Gibran

Gibran Khalil Gibran poeta libanês-americano nascido em 06/01/1883 em Bsharri, Líbano e falecido em 10 /04/1931, em Nova Iorque)
Amai-vos...
Amai-vos um ao outro,
mas não façais do amor um grilhão.
Que haja, antes, um mar ondulante
entre as praias de vossa alma.
Enchei a taça um do outro,
mas não bebais da mesma taça.
Dai do vosso pão um ao outro,
mas não comais do mesmo pedaço.
Cantai e dançai juntos,
e sede alegres, mas deixai
cada um de vós estar sozinho.
Assim como as cordas da lira
são separadas e, no entanto,
vibram na mesma harmonia.

Dai vosso coração,
mas não o confieis à guarda um do outro.
Pois somente a mão da Vida
pode conter vosso coração.
E vivei juntos,
mas não vos aconchegueis demasiadamente.
Pois as colunas do templo
erguem-se separadamente.
E o carvalho e o cipreste
não crescem à sombra um do outro.

In "O Profeta"

UM PAÍS À MINHOCA

Esta ideia das minhocas tem potencial. A vermicompostagem, ou seja o tratamento de lixo e resíduos por, neste caso, minhocas em período experimental em Riba de Ave pode ser inspiradora. E porque não aproveitar mais melhor a minhoca. Em primeiro lugar, mão-de-obra é problema que se não põe, o país, de há algum tempo anda completamente à minhoca. Por outro lado, lixo não falta e o ambiente agradeceria com a vantagem suplementar da produção de húmus que enriquece os solos. Poderíamos colocar as minhocas de volta do lixo tóxico bancário. Seria certamente vantajoso distribuir uns milhões de minhocas por parte importante das autarquias onde teriam com que se entreter face à podridão instalada em muitas. Ouve-se também dizer, por exemplo, que o futebol português está podre, mais serviço para as minhocas. E muitos mais exemplos se poderiam encontrar para dar trabalho às minhocas.Em todo caso, tenho penas delas.
Texto de Zé Morgado
Blog "Atenta Inquietude"

Praia da Poça - Estoril


terça-feira, 3 de março de 2009

"Facebook" e narcisismo

O Facebook, um fenómeno da Internet, tem 100.000 milhões de utilizadores em todo o Mundo, com páginas e páginas de fotografias e notas escritas sobre os últimos feitos desses utilizadores. Estas páginas podem ser mais do que se julgava: podem ser uma maneira de desmascarar narcisistas. Investigadores da Universidade da Georgia, nos EUA, pediram a observadores sem prévia formação que visitassem 130 páginas de utilizadores do Facebook. Os auto-retratos altamente favorecidos, as longas listas de grandes amigos e páginas cheias de comentários altamente elogiosos, tudo isso pôs a claro um nível pouco saudável de vaidade. O autor do estudo, Keith Campbell, diz que «os narcisistas estão a utilizar o Facebook como utilizam as suas outras relações: para se autopromoverem, com a tónica na quantidade sobre a qualidade».
In Selecções do Reader's Digest

domingo, 1 de março de 2009

Citação

«Tudo que se passa no onde vivemos é em nós que se passa. Tudo que cessa no que vemos é em nós que cessa.»
Fernando Pessoa

Os Audi's da vergonha

O DN reportava hoje que o Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro adquiriu 4 Audi A4 para elementos do Conselho. A medida, nos tempos que correm é, no mínimo insultuosa para muitos cidadãos. As instituições, designadamente, as instituições públicas têm a responsabilidade ética da contenção e pudor quanto a gastos que possam ser inadiáveis, além de um dever de solidariedade para com as dificuldades de muitíssimos cidadãos. O Presidente do Conselho de Administração, Carlos Vaz, argumenta que se trata de uma regalia legal. É um argumento delinquente, todos os dias existem trabalhadores que perdem a regalia legal do direito ao trabalho, todos os dias há gente que não acede a bens de saúde porque o seu orçamento não suporta a regalia legal do direito à saúde, todos os dias há gente que se dirige às instituições de apoio social porque não tem orçamento para a regalia legal de comer decentemente todos os dias, existe gente que vive em condições degradadas porque não tem a possibilidade de aceder à regalia legal de uma casa com um mínimo de condições, todos dias há cidadãos prejudicados nas suas garantias legais por diferentes instituições públicas de áreas diversas que não cumprem eficazmente as suas competências porque não têm meios suficientes.
Este procedimento imoral da Administração do Centro Hospitalar deveria, num país a sério, constituir motivo de demissão, mas isso é para gente com pudor e espinha, de que esta rapaziada não faz, obviamente, parte.
Mais uma vez, desculparão, esta conversa não é demagogia é apenas indignação.

Texto de Zé Morgado at 16:19
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