domingo, 28 de junho de 2009

Um pouco de vergonha precisa-se

O primeiro-ministro ao defender as eleições legislativas em dia diferente do das autárquicas tinha de aproveitar para se atirar ao PSD, partido que defendeu a simultaneidade da data. No entanto, José Sócrates continua a perder grandes oportunidades para estar calado. Criticou o PSD porque este partido chamou à atenção para a contenção de despesas públicas num momento de grave crise e mostrou-se um adepto dos gastos.Pois, Sócrates saiu-se com esta: "Era também o Salazar que falava em custos". Sócrates faria melhor em ensinar aos jovens que Salazar foi um ditador, mas que no respeitante a finanças deixou os cofres cheios enquanto este "novo Salazar" apresenta os cofres completamente vazios e com um défice de 97% do PIB...
In Blog "Pau para toda a obra"

Mal Secreto

Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;

Se se pudesse o espírito que chora
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!

Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!

Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja a ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!

Raimundo Correia

Dr Medina Carreira

Entrevista de Mário Crespo em 26/06/2009


É a economia, estúpido !!!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Neda Soltan


Neda Soltan é o nome da jovem iraniana (27), estudante de filosofia islâmica, morta por um sniper governamental quando se dirigia para uma manifestação em Teerão.
- Nasceu no Irão e é a segunda de três filhos.
- O seu pai era um funcionário público e a sua mãe dona-de-casa.
- Estudou Filosofia Islâmica na Universidade de Azad em Teerão.
- Estudou para ser guia turística e teve aulas de turco na esperança que o seu emprego a levasse a viajar para outros países.
- Tocava piano e cantava. Gostava de música pop persa.
- Gostava da poesia do iraniano Rumi e do Americano Robert Frost.
- Estava noiva do fotojornalista Caspian Makan, de 37 anos, que tinha conhecido na Turquia dois meses antes de morrer.
- Ignorou os avisos dos amigos que a aconselhavam a não participar nos protestos. «Não se preocupem, basta uma bala e acaba tudo», argumentava.
- Foi atingida na zona do peito às seis e meia da tarde do dia 22 quando se encontrava numa fila de trânsito na Rua Karegar, ao dirigir-se para uma manifestação.
- Apesar de as imagens divulgadas parecerem mostrar o momento da sua morte, Neda só acabou por falecer a caminho do Hospital Shariati.
- A sua família foi proibida de fazer um funeral numa mesquita ou de colocar panos negros no exterior do seu apartamento em Teerão.
- Foi enterrada no cemitério de Behesht Zahra na zona sul de Teerão.
- Os média locais foram proibidos de relatar a sua morte e os seus amigos souberam da notícia através de parentes que vivem no estrangeiro.
In Sapo.Noticias

Citações

"O Mundo não te deve nada. Existia antes de ti."
Mark Twain
"Uma das grandes enfermidades é não ser alguém para ninguém"
Madre Teresa
"Todos estamos de visita neste momento e lugar. Só estamos de passagem. Viemos observar, aprender, crescer, amar e voltar para casa."
Provérbio aborígene australiano
"O autêntico conservador é alguém que sabe que o mundo não é uma herança dos seus pais mas um empréstimo dos seus filhos."
J.J.Audubon

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Humor, ou talvez não...

Um emigrante de Angola Chega a Portugal. No seu primeiro dia, decide sair a ver os arredores da sua nova cidade-Amadora.
Andando no DOLCE VITA TEJO, pára e á primeira pessoa que vê, diz obrigado senhor Português por permitir-me estar em este país onde me deram casa e comida grátis, seguro, médico e educação grátis, obrigado.
A pessoa sorri e reponde: '... Sinto muito mas eu sou Brasileiro! '
O Angolano continua e encontra a outro que caminhava na sua direcção e diz: senhor português, obrigado por este país tão belo que é Portugal.
A Pessoa responde: Sinto muito mas eu não sou português sou Russo.
O Angolano continua o seu caminho para a seguinte Pessoa que vê na rua cumprimenta-o e diz: obrigado por este país tão belo que é Portugal.
A Pessoa após o cumprimentar diz: muito bem mas eu não sou português sou Caboverdiano.
O Angolano continua o seu caminho e finalmente vê uma senhora bem vestida que vem a seu encontro e pergunta: você é Portuguesa?
A mulher sorri e diz: Sim e não, sou cigana.
Estranho e confuso o angolano pergunta: mas onde estão os portugueses?
A cigana olha-o de cima abaixo e reponde: espero que a trabalhar para nos sustentar.

Para alguém especial


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terça-feira, 23 de junho de 2009

Lara


Metade-Oswaldo Montenegro



Um dos poemas contemporâneos mais bonitos e mais fortes que já ouvi até hoje.

domingo, 21 de junho de 2009

Cabelos brancos

Não falem dessa mulher perto de mim
Não falem prá não lembrar minha dor
Já fui moço, já gozei a mocidade
Se me lembro dela... me dá saudade

Por ela vivo aos trancos e barrancos
Respeitem ao menos meus cabelos brancos

Ninguém viveu na vida o que eu vivi
Ninguém sofreu na vida o que eu sofri
As lágrimas sentidas, o meu sorriso franco
Refletem-se hoje em dia nos meus cabelos brancos

E agora em homenagem ao meu fim
Não falem dessa mulher perto de mim

Oswaldo Montenegro
Composição de Herivelto Martins e Marino Pinto

Manifesto Anti-Sócrates


Publicado por Arzileiro

Com base no texto do "Manifesto anti-Dantas" de Almada Negreiros.

Sócrates, porque no te callas?

sábado, 20 de junho de 2009

DEFICIÊNCIAS - Mário Quintana

'Deficiente' é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
'Louco' é quem não procura ser feliz com o que possui.
'Cego' é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
'Surdo' é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
'Mudo' é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
'Paralítico' é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda. 'Diabético' é quem não consegue ser doce.
'Anão' é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
A amizade é um amor que nunca morre.

Vida sustentável

"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais , torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta aonde vive...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Compadres

Irritou-me ouvir o governador do Banco de Portugal admitir ter sido ingénuo perante as “habilidades” do banqueiro Oliveira e Costa. Não pela ingenuidade em si mesma, mas pelo que ela revela. É que tanto um como outro são membros dessa casta que tomou o poder económico e político nas mãos e que faz deste país uma cosa nostra, onde só eles e os seus filhos se dão bem.Gestores, empresários, banqueiros, engenheiros, advogados e outros que tais, formam um círculo fechado onde coexistem diferentes grupos políticos que se encaixam uns nos outros, num sistema de geometria variável consoante o sucesso relativo que vão tendo a convencer o eleitorado a votar neles.Olhando para a maioria dos partidos políticos, percebemos que as elites dirigentes não são mais do que grupos familiares ou de amigos. Amigos de longa data, muitos desde os bancos da escola primária ou secundária, ou filhos de famílias que comungam interesses financeiros ou outros. Não é por acaso que as filhas de uns casam com os filhos de outros, gerando futuros políticos de confiança genética a toda a prova.Não foi ingenuidade, senhor Vítor Constâncio. Foi compadrio.
Publicada por CN in blog "Escrita em dia"

Nada destas coisas acontece por acaso. Não tarda nada seremos governados por "democracias" tipo Coreia do norte, Síria, Cuba e por aí fora... pois se a política está nas mãos de mafias!!!

Crise? Qual crise?

Portugal está em crise? Económica? Verdade mesmo? Com um milhão de portugueses no Algarve, onde os hotéis (sobretudo os de 4 e 5 estrelas, estão com uma ocupação média de 96%, sendo dois terços dos hóspedes portugueses?). Com dezenas de restaurantes fechados em Lisboa entre os dias 6 e 14? Com pequenas empresas (seis a oito empregados) que fecharam de 8 a 13? Com serviços de urgências hospitalares reduzidos a mínimos? Com laboratórios de diagnósticos clínicos encerrados de 9 a 14? Com centros de enfermagem fechados a 9, 10 e 13? Isto é Portugal ou Camelot?
Eduardo Pitta in blog "Da Literatura"

Mas qual crise!!! Em Portugal até a crise é selectiva. Com o número de desempregados a crescerem diáriamente ainda há um milhão de portugueses que pode ir e vai a "banhos". Algo está mal...

domingo, 14 de junho de 2009

Saudade

...Saudade é amar um passado que ainda não passou,
É recusar um presente que nos amachuca,
É não ver o futuro que nos convida...
Pablo Neruda

sábado, 13 de junho de 2009

Without You


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Celebridade

«...Todo o homem que merece ser célebre sabe que não vale a pena sê-lo. Deixar-se ser célebre é uma fraqueza, uma concessão ao baixo-instinto, feminino ou selvagem, de querer dar nas vistas e nos ouvidos...»
Fernando Pessoa in "Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação"

Um poema


Num deserto sem água
numa noite sem lua
num país sem nome
ou numa terra nua
Por muito que seja o desespero
nenhuma ausência é mais funda do que a tua.
Sophia de Mello Breyner Andresen

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Testamento

Se por acaso morrer durante o sono
não quero que te preocupes inutilmente.
Será apenas uma noite sucedendo-se
a outra noite interminavelmente.

Se a doença me tolher na cama
e a morte aí me for buscar,
beija Amor, com a força de quem ama,
estes olhos cansados, no último instante.

Se, pela triste monotonia do entardecer,
me encontrarem estendido e morto,
quero que me venhas ver
e tocar o frio e sangue do corpo.

Se, pelo contrário, morrer na guerra
e ficar perdido no gelo de qualquer Coreia,
quero que saibas, Amor, quero que saibas,
pelo cérebro rebentado, pela seca veia,

pela pólvora e pelas balas entranhadas
na dura carne gelada,
que morri sim, que não me repito,
mas que ecoo inteiro na força do meu grito.

Rui Knopfli - Poeta Moçambicano

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Elas cantam Roberto Carlos



As divas da MPB homenageiam Roberto Carlos no 50º aniversário da sua carreira.

João Cravinho alerta

Cravinho defendeu que “o Governo deve reflectir muito profundamente sobre quais são os grandes projectos que deve seguir nos próximos quatro anos”. Tudo porque, disse, “não é altura de comprometer definitivamente o país por dois ou três meses de pura ânsia e sofreguidão num caminho que depois pode ser muito difícil”.

Em causa estão obras públicas como auto-estradas, TGV e o novo aeroporto.

“Um Governo num país democrático não pode fazer quero, posso e mando. Dizer «eu tenho a minha vontade e porque tenho maioria e dentro de duas semanas já não a tenho, vou usá-la hoje para criar obrigações contratualizadas» que, no fundo, se o futuro Governo ou se o país quiser desfazê-las então paga um balúrdio tal que, aí sim, coloca o país de tanga”.
in Jornal Público

Estas frases não são ditas por M Ferreira Leite ou qualquer outro "neo-liberal" , como gostam de chamar os correligionários do nosso 1º ministro a quem se lhes opõe, são parte de uma entrevista dada à RR, por João Cravinho ex-deputado à Assembleia da República e reputado socialista.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Peppino di Capri


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Riqueza

A questão da riqueza é como ir atrás do arco-íris. Eu andei num avião, a tentar alcançar um arco-íris, mas no fim era apenas neblina cinzenta. A procura da riqueza é uma tarefa tão exigente, que quem luta por alcançá-la acaba por se esquecer do que, no princípio, procurava obter. E ainda que se lembre já está tão velho ou cansado, ou ambas as coisas, que o arco-íris que tentou alcançar vem a ser apenas neblina, neblina cinzenta, e nada mais. Aquilo que pensávamos que era a felicidade só muito raramente é aquilo que nós pensávamos.
Theo Stephens in My garden's Good-night

Constâncio

Vítor Constâncio disse ontem no Parlamento que tem sido alvo de perseguição política desde a nacionalização do BPN.
(...)Perseguição política. Para Vítor Constâncio, é a isso que se resume o ataque a que tem estado sujeito o Banco de Portugal desde a nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN).
Face à demissão exigida pela quase generalidade dos partidos políticos, o governador deixou claro que não irá ceder a pressões. Até porque, defende, não foi cometida qualquer "falha grave".
"Não pensem que eu me demitiria a pedido dos senhores deputados", assegurou. Constâncio assegurou, de resto, e mais uma vez, estar de consciência tranquila.
In "Jornal Económico"

Se o Sr Vitor Constâncio tivesse um pingo de decência, não precisava que lhe pedissem para se demitir, já o tinha feito de "motu" próprio, depois das constantes poucas vergonhas por que tem passado e feito passar o BdP e o País. Infelizmente decência é coisa que não abunda nos nossos quadros superiores públicos e privados. Quem é que quer perder mordomias? O Sr Vítor Constâncio é só o governador mais bem pago de todos os Bancos emissores/reguladores (?) mundiais.

Domingo na Quinta














segunda-feira, 8 de junho de 2009

Um poema de amor

Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.
Talvez consuma a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.
Pablo Neruda

Europeias

O PSD ganhou as eleições europeias. Claro que não chega para deitar foguetes, até porque quem ganhou realmente as eleições não foi o PSD e sim Paulo Rangel, embora por indicação de Manuela F Leite, contra a idéia dos "barões". Não fiquei muito surpreendido, já que a politica seguida pelo PS era este resultado que merecia, embora dos portugueses nunca se saiba o que esperar... Também nada me diz que esses resultados espelhem o que vai acontecer nas Legislativas. Estas foram uma pequena amostra em que quem ganhou efectivamente foi a
abstenção. Espero, no entanto que o nosso bem amado "Kim Il Sócrates" e seus apaniguados tirem daqui as devidas ilacções e que percam a arrogância e a pesporrência de quem julga que está a governar mentecaptos. Parece que, finalmente, o povo está a acordar, pelo menos o que vota. Abre os olhos, Zé...

Ambição

«Tirai do mundo a mulher e a ambição desaparecerá de todas as almas generosas. »
Alexandre Herculano

domingo, 7 de junho de 2009

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Lixeira

As últimas sondagens revelam um aumento de votos brancos nas urnas do próximo acto eleitoral para as eleições europeias. Não bastava já a grande abstenção que se espera como, agora, cerca de 20% dos eleitores estão disponíveis para ir votar em branco. Dizendo de outra forma, 20% dos eleitores prepara-se para dizer não gostamos de nenhum de vocês, enquanto o valor da abstenção apenas pode expressar um clamoroso queremos que vocês se lixem!
Quem está a assistir ao desenrolar da campanha eleitoral percebe estes dois blocos de votação. A campanha transformou-se numa verdadeira estrumeira. Vital Moreira grita a Rangel que ninguém o cala. Rangel berra para Vital que ninguém o amordaça. Jerónimo de Sousa, com o descaramento habitual, passa o tempo a dizer que os outros partidos têm medo do PCP. Como se um ou dois deputados que elegem fosse o fim do medo do neoliberalismo. O Bloco de Esquerda mandou as europeias às urtigas e a única preocupação é ultrapassar o PCP. E finalmente o CDS, que embora também vá metendo as mãos no lixo de vez em quando tem um rasgo de lucidez e lá vai falando da política agrícola comum. Quanto ao resto do debate, o resultado a meio da campanha é: sobre a Europa nada; quanto a insultos, grande abundância. Uma vergonha. Esta gente está deliberadamente a destruir o sistema democrata. Há barbáries e insultos, há crítica sem sentido.
Não se ouve uma única palavra sobre a revisão do actual quadro de referência estratégica, não se ouve uma única palavra sobre as consequências do Tratado de Lisboa, não se ouve uma única palavra sobre os destinos de Portugal e a sua posição estratégica nesta Europa cada vez mais alargada, não se ouve uma única palavra sobre o que farão as empresas e os trabalhadores portugueses com a deslocalização económica para o leste da União Europeia, não se ouve uma única palavra sobre despoluição e qualidade das águas, não se ouve uma única palavra sobre a competitividade da cidadania. Absolutamente nada. Insultos, enxovalhos, a discussão em torno da imundície que é o BPN, o populismo em torno de outros casos judiciais, um falso moralismo de fariseus políticos que nos dizem ser candidatos europeus e se comportam como adolescentes zangados porque não são os donos da bola. Uma verdadeira lixeira. Mais uma ferida que sangra nesta democracia enxovalhada. Que Deus lhes perdoe, que cada vez há menos eleitores capazes de o fazer.
Francisco Moita Flores in C Manhã

Jogo sujo

O Partido Socialista, valendo-se do controle que o poder lhe dá, continua a fazer "jogo sujo", numa atitude desesperada de ganhar as próximas eleições.
Pressionou de todas as formas para que Dias Loureiro se demitisse, mesmo sem estar julgado, mas por razões ético-políticas!
Os mesmos argumentos já não servem para António Costa retirar a confiança política a Lopes da Mota que já tem um processo disciplinar em curso e já assumiu ter usado abusivamente o nome de A.Costa e Sócrates nas pressões a dois magistrados com o processo FreePort.
O PS foi muito pressuroso em agendar antes das eleições a audição a Oliveira e Costa para mostrar que os "bandidos" são os sociais-democratas. Apressa-se ainda a ouvir Dias Loureiro de modo a fazer do BPN o foco das atenções do eleitorado.
Quanto à audição do maior culpado das "broncas bancárias", Vitor Constâncio, foi agendada só para depois das eleições !! É preciso resguardar um socialista com muitos favores feitos a este governo. Quanto a Victor Constâncio, os motivos políticos e a incompetência comprovada não são suficientes para o apear do lugar "mais bem pago do país". Victor Constâncio nega à comissão parlamentar documentos comprometedores e parece que é tudo normal!
O FreePort está no frigorífico. Pararam as investigações e ninguém pode falar. Está em segredo de justiça. Sócrates proíbe até que uma entrevistadora use as palavra "corrupto" e "corrupção", não vá alguém pensar que se está a falar dele.
Corrupção como o caso COVA DA BEIRA, está serena nas gavetas da justiça, esperando-se que ninguém fale no assunto, que ... prescreva!
Enfim... um polvo controlador, não deixando decurado qualquer facto dos muitos que este governo já soma.
Mesmo com esta batota eleitoral, a sondagens vão trazendo más notícias para os socialistas. A "nova maioria" é cada vez mais uma miragem, e este período negro da história portuguesa, com o país entregue à megalomania duma maioria autoritária, está em contagem final.
Editado por Carlos in Blog Galo Verde

Cascais-Farol de Sta Marta


Para meditar

O Povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem Portugueses, só vos faltam as qualidades.
Almada Negreiros

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Gloria de Sant'Anna (1925-2009)

A poetisa Glória de Sant´Anna faleceu esta terça-feira, dia 2 de Junho, no Hospital de Gaia, aos 84 anos.
Glória de Sant´Anna nasceu em Lisboa, a 25 de Maio de 1925, fez o curso complementar de Letras no Colégio de Odivelas e em 1951, já casada, partiu Moçambique, onde foi professora e por cujas aulas passaram milhares de alunos que, imediatamente, se tornaram seus amigos e admiradores. Regressada a Portugal radicou-se em Ovar. Foi uma das vozes mais importantes do lirismo de Moçambique.


«Já alguma vez arrancou uma planta útil da terra? Não o faça. Eu sei o que sente uma planta arrancada sem culpa do seu chão»
Glória de Sant'Anna

Quando o n'pure chega

É madrugada e o n'pure voltou e canta
para o vermelho-laranja do horizonte
e o silêncio em volta dos telhados
é longo e doce

Uma linha de fumo branco sobe
da fogueira do guarda envolto na capulana escura
e a folhagem parada freme de súbito
ao grito do n'pure

Em redor dos troncos tombaram
as primeiras-tímidas flores da acácia rubra
durante a noite (penso)
ou soltas pelas asas leves do n'pure

Glória de Sant'Anna - "Amaranto".

Maternidade

Olho-te: és negra.
Olhas-me: sou branca.
Mas sorrimos as duas
na tarde que se adeanta.

Tu sabes e eu sei:
o que ergue altivamente o meu vestido
e o que soergue a tua capulana,
É a mesma carga humana.

Quando soar a hora
determinada, crua, dolorosa
de conceder ao mundo o mistério da vida,

Seremos tão iguais, tão verdadeiras
tão míseras, tão fortes
E tão perto da morte.

Que este sorriso de hoje
na tarde que se esvai,
é o testemunho exacto,
do erro das fronteiras raciais.

Dos nossos ventres altos,
os filhos que brotarem
nos chamarão com a mesma palavra.

E ambas estamos cientes
-tu, negra e eu, branca-
que é dentro dos nossos ventres
que germina a esperança.

Glória de Sant'Anna

terça-feira, 2 de junho de 2009

O feminismo não trouxe felicidade às mulheres

Um novo estudo mostra que o contentamento das mulheres não seguiu o avanço nas oportunidades. Maria José Nogueira Pinto chama-lhe "o lado perverso" do feminismo.
Sílvia Caneco, in Jornal I (01/06/2009)

Paul Anka


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Nuno Melo

Nuno Melo diz que Vítor Constâncio "quis esconder" falhas na supervisão.
O cabeça-de-lista do CDS-PP às europeias acusou hoje o governador do Banco de Portugal de ter escondido que aconselhou a nacionalização do BPN "num parágrafo de sete linhas" e sem qualquer estudo. Nuno Melo revelou hoje, oitavo dia da campanha eleitoral, o parecer sobre o plano da Sociedade Lusa de Negócios para a recapitalização do BPN, em que Vítor Constâncio aconselha ao Governo a nacionalização do banco."O Banco de Portugal quis esconder que desde 2007 tinha conhecimento das fraudes do BPN. O Banco de Portugal quis esconder que não orçamentou os custos para o contribuinte, que não calculou os prejuízos do banco", acusou Nuno Melo, frisando que o documento hoje divulgado foi recusado pelo Banco de Portugal aos deputados da Comissão de Inquérito parlamentar.Nuno Melo destacou que o Banco de Portugal aconselha uma nacionalização, trinta anos depois do 25 de Abril, "em apenas sete linhas". O deputado responsabilizou ainda o Governo por ter decidido "quase por intuição" a nacionalização do banco, notando que o parecer de Vítor Constâncio não faz qualquer estimativa dos custos para o contribuinte, demonstrando assim "a sua incompetência"."O Banco de Portugal quis esconder e quem paga a factura são os contribuintes", criticou, intervindo num jantar com militantes em Leiria. No documento, o Banco de Portugal aconselha ao Governo a nacionalização do Banco Português de Negócios apesar de desconhecer com exactidão as imparidades do grupo, indica o documento divulgado pelo CDS-PP. A nacionalização do BPN foi anunciada três dias depois de o Governo ter recebido o parecer de Vítor Constâncio, frisou ainda Nuno Melo. Lusa in Público

É fartar vilanagem. Se o dinheiro saísse dos respectivos vencimentos, estas coisas não aconteciam, mas como quem paga sempre é o mexilhão... Aumentem-se os vencimentos e dêm-se prémios de produtividade a esta escumalha.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Citação

O amor é filho da ilusão e pai da desilusão.
Miguel Unamuno

Surf Azarujinha