segunda-feira, 25 de maio de 2009

Caso Alexandra

Mãe de menina russa pode mesmo ser alcoólica
Alexandra com a cadela Lúcia, sua companheira de brincadeiras
O tablóide Komsomolskaia Pravda descreve hoje um cenário idílico no regresso de Alexandra, a menina de 6 anos retirada a uma família portuguesa de acolhimento para ser entregue a mãe, de nacionalidade russa, mas levanta a suspeita de que esta seja alcoólatra.
Os jornalistas russos foram à aldeia da família de Natália Zarubina para reportarem os primeiros contactos de Alexandra com a população da aldeia natal da mãe.
A jornalista Olga Kuznetsova escreve: “A criança corre para a mãe e oferece-lhe um ramito de flores. Nesse instante, as câmaras de televisão captam essa imagem familiar. A menina estende um raminho à mãe e esta canta-lhe com voz doce: «Minha querida, anda ter com a mãezinha!»”.
Porém, a jornalista sublinha um pormenor que não se enquadra neste cenário: "Tudo aparentemente estava bem: a família juntou-se, todos estavam felizes, a criança estava bem vestida e bonita. Mas... no chão, estava uma garrafa de vodka quase vazia e existe suspeita de que a jovem mamã já tinha tido tempo de prová-la...”
“A gabarolice do irmão André também tresandava a ressaca... Na mesa, havia conservas com que os pais adoptivos portugueses tinham presenteado a menina.. A mamã posava com agrado para as câmaras de vídeo, sendo o quadro decorado por um raminho de flores”, continua a jornalista.
“ A casa dos Zarubin tem o aspecto de uma decoração de cartão de um velho teatro para actores da capital", conclui Olga Kuznetsova.
Quando do processo em tribunal pela custódia da Alexandra, a família portuguesa de acolhimento acusou a mãe biológica de ser “alcoólica”, o que os juízes consideraram não ter sido provado.
Quanto ao futuro, a jornalista Olga Kuznetsova cita as palavras de Natália Zarubina que se diz disposta a trabalhar por poucos cêntimos para sustentar a filha.
“Preciso de tratar da criança, que posso eu fazer?", diz ela, acrescentando: "A minha profissão é costureira, encontrarei trabalho. Antes, eu trabalhava em Iaroslavl. Agora, posso trabalhar em qualquer fábrica, mesmo que por alguns cêntimos. O principal é que consegui o que queria".
Publicado em "I online"

A Justiça portuguesa deve sentir-se muito orgulhosa com mais esta decisão...

Sem comentários:

Enviar um comentário